quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Lei de cotas - Entendendo a diversidade nas Empresas

“Inclusão é uma palavra rica que envolve compreensão, um novo olhar para o outro e, sobretudo, um olhar para nós mesmos.”

“A sociedade brasileira vem se esforçando para galgar um novo degrau na caminhada da construção de um contexto que reconheça, respeite e acolha, com dignidade, a diversidade que a constitui” (Nambu, 2003).

Ideal seria que os conceitos de Diversidade, tomada aqui como valor humano do indivíduo com deficiência, fossem vivenciados dentro do ambiente organizacional como uma política de Responsabilidade Social que proporcione à empresa e seus colaboradores um clima favorável à aceitação das diferenças e individualidade.
“Todas as discussões sobre a inclusão no mercado de trabalho, diversidade, qualidade de vida, liberdade de expressão e direitos humanos das pessoas com deficiência*1 giram ao redor das relações humanas. Estes valores, por sua vez, só poderão ser verdadeiramente construídos sobre os pilares do respeito, liberdade, dignidade, direito à diferença, do não-preconceito e da não-discriminação. Mas, este é um processo complexo e relativamente demorado, pois implica mudança do pensar social, das atitudes sociais e implementação de adaptações objetivas que possam atender às necessidades específicas das pessoas com deficiência” (Nambu, 2003)
Abordar a questão da inclusão das pessoas com deficiência é falar das barreiras que eles enfrentam para tomar parte ativa do mercado de trabalho com oportunidades iguais às da maioria da população. A inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho é um direito, independentemente do tipo de deficiência que apresente e de seu grau de comprometimento.
Fornecer às empresas informações confiáveis que possibilitem o acesso às pessoas com deficiência ao mercado de trabalho depende, necessariamente,de uma conscientização sobre suas peculiaridades, potencialidades e também sobre seus direitos. A inclusão é uma maneira diferente de olhar as pessoas e o mundo. Não existem pessoas deficientes, existem pessoas diferentes. A diversidade reside exatamente na criatividade humana em ultrapassar obstáculos, pois o limite existe para ser transposto.
Diversidade deve fazer parte da agenda de Responsabilidade Social da organização. Além das empresas serem apresentadas como eticamente corretas na inclusão das pessoas com deficiência na mão-de-obra institucional, é comprovado o aumento na produtividade, ampliando o respeito e a admiração dos seus colaboradores, clientes, fornecedores e stakeholders, o desenvolvimento do espírito de solidariedade e a promoção da imagem empresarial socialmente responsável; a mão-deobra de um indivíduo especial é tão produtiva quanto a mão-de-obra constituída de trabalhadores “normais” (entendida a normalidade como indivíduo não-portador de deficiência).

FONTE:
Instituto SER
*1 GRIFO NOSSO: no texto foram substituídas a expressão "portadores de necessidades especiais" presente no texto original por "pessoas com deficiência" em função das conquistas efetivadas pelo movimento com a disseminação da nomenclatura adequada atualmente para denominar estas pessoas, que também foi uma conquista da Convenção da ONU pelos Direitos das Pessoas com Deficiência, e que corroboram com os preceitos da instituição.

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