sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Hoje é o Dia Mundial do Braile - nascimento do educador francês Louis Braile


IMPORTÂNCIA

O Dia Mundial do Braile é hoje. Surgiu em 1825 para homenagear o educador francês Louis Braille, que nasceu em 4 de janeiro de 1808 e ficou cego aos 3 anos. No Brasil, o sistema que permite a leitura e a escrita chegou em 1850 pelas mãos do jovem cego José Álvares de Azevedo.... Porém, só na década de 1940, pela Fundação para o Livro dos Cegos (Dorina Nowill), que a produção do alfabeto ganhou força.
Mesmo com tantos avanços tecnológicos, como o comando de voz, o braile nunca perderá seu espaço. Quem afirma é a gerente-geral da Associação de Cegos do RS, Fabiane Dias da Silva, que considera pequena a presença do sistema em diversos locais.
"Nos supermercados quase nenhum produto da prateleira tem. Nos restaurantes, apesar da nossa campanha de adesão realizada no ano passado, os cardápios não foram modificados. Isso mostra o pouco que se tem avançado." Para ela, a conscientização de que o mecanismo é fundamental para a qualidade de vida dos deficientes deve partir do próprio governo. "Além das associações e ONGs que atuam na área, o braile deveria ser ensinado na rede pública." Na associação, as aulas têm duração de até quatro meses e ocorrem, em média, uma vez por semana, na modalidade individual ou em dupla.
Outro problema é a instalação do mecanismo de forma errada. "Na Rodoviária de Porto Alegre por exemplo, o piso tátil que foi colocado para orientação do deficiente, as bolinhas foram ampliadas de forma errada e alguns deficientes já reclamaram disso."

HISTÓRICO

O alfabeto Braille surgiu da necessidade sentida por Louis Braille de ter acesso à cultura escrita. Surge em 1824, na França, quando Braille tem acesso à “Escrita Noturna” do Capitão Charles Barbier de la Serre. Barbier cria uma escrita em relevo, quando Capitão da Artilharia do Exército de Louis XIII, para que os militares pudessem receber ordens de batalha e lê-las mesmo no escuro.
Braille teve acesso a essa escrita no Instituto Real para Cegos, para onde foi quando tinha 10 anos. Na verdade, ele nasceu com a visão normal, porém com 3 anos de idade, ao brincar com as ferramentas da oficina de seu pai, Louis Braille perfurou seu olho esquerdo e, por uma infecção não tratada, perdeu a visão do olho direito aos cinco anos.
O contato com a escrita de Barbier deu base para que Braille, aos 15 anos, criasse um alfabeto em relevo, de leitura tátil, usado até hoje, pelos cegos do mundo todo. Tal invenção recebeu seu nome: Alfabeto Braille.
As possíveis 63 combinações que formam esse alfabeto, além das letras, originaram a pontuação, a acentuação, os sinais matemáticos e a notação musical.
Em 1843, o Instituto Real para Cegos aceitou e adotou o Sistema Braille. Depois de 11 anos, o Sistema Braille chegou ao Brasil pelas mãos de Álvares de Azevedo*, com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, hoje Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro.
O Sistema Braille, constituído por 63 sinais, organiza-se em uma estrutura de duas colunas com três linhas, resultando seis pontos, que recebem a numeração 1-2-3-4-5-6.

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