domingo, 18 de abril de 2010

SP lança projeto de atendimento à saúde da mulher com deficiência

O hospital está equipado com camas especiais para exames ginecológicos e um mamógrafo para atendimento a cadeirantes

Foi lançado na segunda (8), o Projeto Saúde da Mulher com Deficiência, no Hospital Municipal Maternidade-Escola de Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte da Capital São Paulo. O hospital está equipado com camas especiais para exames ginecológicos, um mamógrafo que permite a realização do exame sem que a paciente precise sair da cadeira de rodas, leitos que mudam de altura por comando eletrônico e lifters - um "levantador" para transferir a paciente da cadeira para o leito. Os funcionários também foram capacitados em temas como gravidez da mulher com deficiência e noções básicas da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A iniciativa do serviço voltado à saúde da mulher com deficiência é resultado de uma parceria entre as secretarias municipais da Saúde e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. O projeto teve um aporte de R$ 250 mil e um de seus objetivos é ser pioneiro na geração de conhecimento em um campo de estudo ainda pouco explorado dentro e fora do país: a sexualidade e a saúde geral da mulher com deficiência.

Na prática, os recursos colocados à disposição do hospital também devem beneficiar pacientes obesas, idosas e com mobilidade reduzida devido a problemas oncológicos. Depois da unidade de Cachoeirinha, o projeto completo - que inclui equipamentos, manuais e treinamento - será estendido a outros hospitais da rede municipal.

Além dos equipamentos já instalados no hospital, a Prefeitura vai elaborar - com apoio do corpo clínico do hospital e outros especialistas - um manual de procedimentos que será utilizado para treinar os profissionais de saúde envolvidos no atendimento. A proposta é que esse manual aborde desde aspectos comportamentais até as características físicas decorrentes da deficiência, encampando ainda ações capazes de prevenir a presença de algum tipo de deficiência no feto.

O evento também marcou os quatro anos da criação da Rede de Proteção à Mãe Paulistana. Durante a cerimônia, o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, anunciou mais um serviço voltado à saúde do bebê: o teste da orelhinha. A partir de agora, todas as crianças que nascerem em hospitais da rede municipal passarão pela triagem auditiva neonatal, um exame que identifica o risco de perda auditiva de forma precoce, que possibilitará um diagnóstico mais detalhado e intervenções que possibilitem a melhora na qualidade de vida. Estima-se que 1% das crianças submetidas à triagem apresente alguma alteração.

"Trata-se de uma medida extremamente importante para a saúde e o desenvolvimento desses novos paulistanos, já que a redução da idade para diagnóstico da deficiência auditiva está ligada a programas de triagem neonatal", explica a coordenadora do programa Mãe Paulistana, Maria Aparecida Orsini.

Desde sua criação, em 2006, o Mãe Paulistana foi responsável por mais de 400 mil nascimentos e distribuição de 359 mil enxovais. De lá para cá, a saúde da mulher passou a ser controlada, principalmente, no período gestacional, bem como dos bebês nascidos nas maternidades paulistanas.

Quando o programa foi implantado, menos de 10% das gestantes voltavam ao médico após dar à luz. Hoje, todas que realizam testes de gravidez nas Unidades Básicas de Saúde são inscritas para fazer pré-natal, exames laboratoriais e ultra-som. E 75% das mães retornam à consulta, o que facilita a prevenção de complicações pós-parto, que podem levar à morte.

FONTE: http://www.isaude.net/pt-BR/noticia/5408/geral/sp-lanca-projeto-de-atendimento-a-saude-da-mulher-com-deficiencia

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