domingo, 27 de maio de 2012

Tecnologia abre espaço para cegos no mercado de trabalhar de Uberlândia

Língua é um sistema essencial para deficientes visuais. Aprendizado do braile da autonomia e abre portas.
 
Pessoas com deficiência visual descobrem um mundo novo através do braile e de novas tecnologias, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Trabalhos específicos são realizados para quem nasceu cego ou teve alguma doença que afetou a visão. Instituições e associações ajudam a inserir estas pessoas no mercado de trabalho.

De acordo com o presidente da associação dos deficientes visuais de Uberlândia, Ivando Pereira Araújo, muitos deficientes visuais foram inseridos no mercado de trabalho. “Vários estão atuando na área de massoterapia e secretariado. Fazemos de tudo para encaminhar essas pessoas para o mercado de trabalho”, disse.

A coordenadora do Centro de Ensino, Pesquisa, Extensão e Atendimento em Educação Especial (Cepae), Lázara Cristina da Silva, afirma que os recursos oferecidos facilitam a vida de estudantes com deficiências na Universidade Federal de Uberlândia (UFU). ”Nós damos uma formação para esses alunos para que eles aprendam a usar os recursos tecnólogicos e ter autonomia. Afinal, é algo necessário para que possam estudar em casa, na biblioteca e para construírem o próprio conhecimento”, disse.

Quando começou a estudar na UFU, Késia Pontes de Almeida não tinha acesso aos computadores. Hoje, um programa diferenciado e específico para deficientes visuais ajuda a aluna a entender a matéria. “Tem várias coisas que não podíamos fazer, mas conseguimos através da tecnologia”, comentou.

Segundo a professora de braile Heloisa Rosa e Silva, a língua é um sistema essencial. “O acesso à palavra escrita só é possível através do baile, por isso, eu considero um sistema importante na vida deles”, comentou.

Além das universidades e associações, há recursos focados no lazer. O consultor Weberson Lucas é um dos idealizadores do projeto ‘Um guia turístico em braile’ que foi lançado este ano. “É um projeto de inclusão social para facilitar a vida de turistas cegos que precisam de um material especifico para terem acesso ao que é oferecido em Uberlândia”, explicou.

O aposentado Ormando Messias ficou cego depois que um tumor afetou sua visão e contou sobre o aprendizado de braile. “Tudo na primeira vez tem uma dificuldade, mas a gente vai indo porque a única leitura que posso fazer é através do braile”, comentou.
Fonte informação: www.g1.com.br e portal correio centro-oeste

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