por Anahi Guedes de Mello,
Meu medo é que, via proselitismo entre as pessoas com deficiência, essa torpeza de pensamento atinja as instituições que lidam com as demais deficiências, influenciando educadores, pais e profissionais da reabilitação como os fonoaudiólogos, psicólogos, médicos, etc. Essas pessoas não compreendem que excluir é muito mais fácil que incluir e que é muito mais barato para a sociedade como um todo comprar um território e mandar todos os surdos para lá, fundando a Surdolândia. Eles estão, no fundo, querendo que se volte aos lazaretos.
A visão antropológico-cultural da surdez, ao contrário, coloca os ouvintes e os surdos em posição antagônica, exaltando os surdos a rebelarem-se e constituírem sociedade própria, com valores próprios, saindo, como eles mesmos dizem, “do julgo dos ouvintes e do ouvintismo”. Como se não bastasse, essas pessoas praticam proselitismo declarado, num nanismo às avessas, com teses que em nada deixam a desejar ao autor de Mein Kampf, Adolf Hitler. Leiam, pois, com muito cuidado o que os seguidores dessa corrente pregam e façam uma discussão universal a respeito. Façam-no, porém, com espírito crítico.
A concepção antropológico-cultural da surdez é uma corrente que prega não ser a surdez uma deficiência, constituindo-se numa variação natural do ser humano como ser loiro, alto, baixo, mulher ou homem. É a negação de norma em seu sentido mais amplo. Todos os aspectos que caracterizam o ser humano como tal podem constituir-se em deficiência, quando, pelo excesso ou pela falta alteram as funções básicas de um ser humano “normal”. Em outras palavras, se temos olhos, é para ver, se temos ouvidos, é para escutar, se temos pernas, é para caminhar. Assim, a cegueira, a paraplegia, a paralisia cerebral e a surdez são claras deficiências e devem ser prevenidas e suas funções restituídas, sempre que possível e, principalmente, sempre que for viável. O excesso de altura pode ser uma deficiência, da mesma forma que a falta dela é conhecida como nanismo. A coisa é tão complexa que a CIF (Classificação Internacional de Funcionalidades, Incapacidades e Saúde), da OMS (Organização Mundial de Saúde) teve que catalogar, característica a característica, as funções normais de um ser humano para poder definir o que se considera como deficiência.
Meu medo é que, via proselitismo entre as pessoas com deficiência, essa torpeza de pensamento atinja as instituições que lidam com as demais deficiências, influenciando educadores, pais e profissionais da reabilitação como os fonoaudiólogos, psicólogos, médicos, etc. Essas pessoas não compreendem que excluir é muito mais fácil que incluir e que é muito mais barato para a sociedade como um todo comprar um território e mandar todos os surdos para lá, fundando a Surdolândia. Eles estão, no fundo, querendo que se volte aos lazaretos.
A visão antropológico-cultural da surdez, ao contrário, coloca os ouvintes e os surdos em posição antagônica, exaltando os surdos a rebelarem-se e constituírem sociedade própria, com valores próprios, saindo, como eles mesmos dizem, “do julgo dos ouvintes e do ouvintismo”. Como se não bastasse, essas pessoas praticam proselitismo declarado, num nanismo às avessas, com teses que em nada deixam a desejar ao autor de Mein Kampf, Adolf Hitler. Leiam, pois, com muito cuidado o que os seguidores dessa corrente pregam e façam uma discussão universal a respeito. Façam-no, porém, com espírito crítico.
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