sábado, 14 de fevereiro de 2015

O que as pessoas sentem quando não há acessibilidade

Vanessa Pimentel, cadeirante, em frente a uma loja de rua com um degrau enorme na porta

por Tabata Contri

Hoje não quero falar de normas, leis ou regras, quero contar para vocês o que as pessoas sentem quando não encontram a acessibilidade que precisam no lugar que escolheram ir.

Para isso contei com a ajuda de alguns amigos e seguidores do Facebook, uns com deficiência, outros casados, irmãos ou amigos de alguém que possui algum tipo de deficiência, e é incrível como um depoimento completa o outro!

Alguns depoimentos trouxeram a palavra REJEIÇÃO, li que no hypescience que pesquisas nos campos da psicologia e neurociência revelam que as mesmas partes do cérebro que são ativadas quando as pessoas se sentem rejeitadas também são ativadas quando elas sentem dor física. Porém, ao contrário da dor física, a dor psicológica da rejeição pode ser revivida por anos. E como as pessoas se sentem? Exatamente como se tivessem sido socadas no estômago, só que a todo o momento.

Dá pra imaginar isso?

Então perguntei aos meus amigos, “O que vocês sentem quando não encontram ACESSO no local que planejaram ir?” A seguir vocês lerão alguns depoimentos que recebi e quem sabe, se for possível imaginar, sintam um pouquinho o que é passar por isso. Vamos lá!

“Estive em um lugar lindo, porém sem qualquer acessibilidade… Fiquei paradinha no local que achei mais seguro de onde podia observar minha filha brincando no parquinho com o papai. Estava feliz por ver minha filha feliz, mas com o coração apertado por querer participar e não poder… por vê-la andando e olhando pra trás, pra mim, me chamando com o olhar e eu não podia ir até ela… hoje chorei!

Em um lugar que um dia andei, me diverti, fui livre… (antes do acidente), hoje me senti presa! Hoje me dei conta que estou diante do maior desafio da minha vida, poder acompanhar o crescimento da minha filha em um mundo deficiente, um mundo que não oferece liberdade a quem tem limitações… Vocês que tem filhos e podem desfrutar desses momentos com eles em qualquer lugar sem maiores preocupações… aproveitem, arranjem tempo e disposição…

Enquanto uns tem preguiça, eu daria tudo pra ter essa mesma liberdade!” Elaine Cunha – cadeirante.

“Me sinto desconfortável naquele lugar, como se estivesse atrapalhando as outras pessoas…”.

“É louco isso porque ao passo que a acessibilidade é mera obrigação legal, me parece inevitável a sensação de satisfação e surpresa, algo como ótimo, as pessoas (não o Estado) pensaram nisso, se preocuparam com isso”.

“Quando vou a bares, restaurantes e esses são acessíveis, eu recomendo. Quando não, faço o contrário. Espalho pra todo mundo que o lugar não tem acessibilidade e não sabe atender as pessoas!”.

“Sinto uma rejeição imensa, como se não fosse esperado, como se não quisessem que eu estivesse ali, ou simplesmente como se quisessem que eu existisse…”

“Fico “P” da vida, não costumo ir ao mesmo lugar novamente e faço o possível para todas as pessoas que conheço também não irem, caso perceba a falta de interesse de mudança no local quando informado ao dono!

“Eu queria mesmo era poder ir a todos os lugares e não ter que pedir uma “mão” a ninguém”

“A maioria das lojas de rua, tem degraus enormes em suas portas e não posso entrar, também não consigo entrar nas cabines e provadores, me sinto desconfortável, mesmo que os vendedores sejam atenciosos, não dá!”

“Sinto tristeza e as vezes desanimo.”

“Me sinto um cidadão invisível, rejeitado pela sociedade onde vivo.”

“Acho horrível a sensação de chegar a um lugar e não ser como esperava em questão de acessibilidade, principalmente quando planejo uma viagem, antecipo e combino com a agência todas as questões e chegando no lugar vêm as decepções.”

“Me considero muitíssimo desrespeitada e cobro atitudes. Confesso que por muito tempo, achei que o melhor era aproveitar como dava e não me estressar. Hoje, eu aproveito sim da forma que consigo, mas também reclamo e por escrito para que possam tomar outras atitudes e que possamos cobrar no futuro!”

“Não ter acesso é desconfortável apenas se eu precisar ser carregada no colo, no mais não me abala. Não deixo de ir a nenhum lugar se não tem acesso e nunca ligo antes pra perguntar se tem!”

“Nesses momentos me sinto excluída da sociedade, como se as pessoas achassem que quem tem deficiência deve ficar em casa, me sinto invisível e indesejada. É como se eu não fosse bem vinda naquele lugar.”

“Tenho reparado e comparado com os EUA a atitude das pessoas, o que me chama mais atenção é o RESPEITO. Nos EUA as pessoas nos dão passagem nas calçadas, shoppings e afins, não importa o quão lotado esteja e não fazem por pena, fazem por consciência e educação. No Brasil não nos dão passagem e ainda nos olham com uma cara de quem diz “Porque você não ficou em casa ao invés de vir atrapalhar meu passeio com essas muletas/scooters e sua lerdeza?”

“Me sinto extremamente desrespeitada e indesejada, sério mesmo.”

“Sinto uma enorme frustração e confesso que um pouco de raiva por ver que não somos vistos nessa sociedade, ao que me parece o mundo insiste em acreditar que ficaremos trancados em casa…”

“Acho que a briga tem que ser comprada por nós que temos algum tipo de deficiência todos os dias até entenderem que nós temos vida, e queremos vivê-la!”

“A minha sensação é um misto de impotência e indignação e sem muita paciência atualmente.”

“Se sei que o local não tem acessibilidade, nem vou! Sou arquiteta e cadeirante, sei da dificuldade para mudanças, mas estou cansada com as situações recorrentes. Se vejo que o lugar não é acessível falo com toda a educação que gostaria de utilizá-lo, mas, que por não oferecer condições mínimas de acesso, isso não vai acontecer.”

“Essa semana mesmo fui comprar uma agenda, não consegui passar pelo corredor, os funcionários queriam levar uma a uma para eu escolher, mas disse não, porque gostaria de poder escolher sozinha. Eles ficaram constrangidos eu agradeci, fui embora e liguei para uma central de reclamações.”

“O sentimento é de indignação… Estive em Penedo na semana passada, ficamos em um hotel bem gostoso, no centro, que dá para fazer tudo a pé, mas jamais com meu irmão junto! A cidade vive praticamente do Turismo e não tem nenhuma acessibilidade! Aliás, não tem calçadas!”

“Embora alguns locais já ofereçam acesso a nós cadeirantes, muitos outros ainda deixam a desejar, e o sentimento não poderia ser outro, que não, a INDIGNAÇÃO.”

“O sentimento é de indignação e revolta pela má administração do dinheiro público e desrespeito com todos os cidadãos, porque acessibilidade melhora a vida de todo mundo! Ah, e não quero voltar mais! Onde não posso ir com meu irmão não é bom pra mim!”

“Vontade de sair gritando aos quatro ventos que TODOS temos direitos e deveres, inclusive o direito de ir e vir e circular livremente onde quer que quisermos, independente de termos deficiência ou não.”

Não vou escrever muito mais, aliás, esse artigo foi colaborativo. Obrigada, de coração a todos que deixaram um pouquinho das suas sensações ao encarar a falta de acessibilidade e conscientização no Brasil.

Pois bem, depois de ler todos esses depoimentos, o que você sentiu? E o que você pode fazer para transformar essa realidade? O que você pode fazer para transformar esse sentimento de rejeição, em respeito e até em negócio, porque não?

Fonte: Amanda Pereira

2 comentários:

  1. Portanto, é possível que a doença do HIV possa ser curada porque fui enganada tantas vezes até que me deparei com esse grande homem, Dr. Akhigbe, que me ajudou a princípio, nunca acreditei em todo esse comentário e postei sobre ele e fiquei muito doente porque sofri estiver infectado com HIV / AIDS nos últimos dois anos, apenas nos últimos dois meses eu continuo lendo o testemunho sobre esse homem chamado Dr. Akhigbe, eles disseram que o homem é tão poderoso que ele curou diferentes tipos de doenças, eu continuo monitorando seu post de algumas pessoas sobre esse homem e eu descobri que ele era real, então decidi fazer um teste. Entrei em contato com ele para pedir ajuda e ele disse que me ajudaria a obter minha cura. Tudo o que eu precisava era enviar dinheiro para ele se preparar o medicamento após o qual ele será enviado a mim através dos serviços de entrega da DHL, o que eu fiz para minha maior surpresa, ele me deu instruções para seguir como beber, depois de três semanas eu deveria fazer um check-up, depois de tomar o medicamento e seguir Como ele foi instruído após três semanas, voltei ao hospital para outro teste; no começo, fiquei chocado quando o médico me disse que eu era negativo; peço ao médico que verifique novamente e o resultado ainda era o mesmo negativo que era como do VÍRUS DO HIV, após o choque, eu decidi vir e compartilhar meu próprio testemunho com você para aqueles que pensam que não há cura para o VÍRUS HIV, a cura, como finalmente sair, pare de duvidar e entre em contato com o Dr. Akhigbe via e-mail drrealakhigbe@gmail.com Ele também é perfeito para curar DIABÉTICOS, HERPES, HIV / AIDS, ALS, CÂNCER, HEPATITE AEB, ASMA, DOENÇA CARDÍACA, DOENÇA CRÔNICA. Náusea, vômito ou diarréia, doença renal, picada de aranha, lúpus, infecção externa, resfriado comum, dor nas articulações, epilepsia, acidente vascular cerebral, doença de estômago. ECZEMA, COMENDO O TRANSTORNO etc, acredite em mim que a doença mortal não é mais uma sentença mortal porque o dr akhigbe tem a cura. O padrinho da raiz das ervas.
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