domingo, 8 de dezembro de 2013

Avanços significativos na educação inclusiva

Em 10 de dezembro é celebrado o Dia Nacional da Inclusão Social. Um segmento específico da sociedade – o beneficiado pela Educação Inclusiva – tem motivos para comemorar. A Educação Inclsuiva se destina aos alunos com algum tipo de deficiência (impedimentos de natureza física, mental ou sensorial), com transtornos globais de desenvolvimento ou com altas habilidades, que é o caso dos superdotados. Não mais circunscritas aos interessados diretos, como amigos e familiares, as práticas inclusivas estão cada vez mais presentes e relevantes como tema de discussão da cidadania em geral.
Em consequência, acontece uma série de transformações: o mercado de pós-graduação tem se expandido para atender ao número crescente de professores interessados em trabalhar na área; e as redes sociais estão em franco processo de abertura para uma rica troca de experiências. Fundamental nesse processo é que o aluno da que antes estudava em escolas especiais, hoje, estuda nas escolas regulares, em consonância com a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, adotada pelo MEC em 2008. Segundo a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, pelo menos 24 estudantes com este perfil estão cursando o Ensino Superior no país. Todos estudaram em escolas regulares.
Com uma marca de 45 mil amigos no Facebook, o Movimento Down tem se desdobrado para encontrar estratégias que incrementem a acessibilidade intelectual de seus pares. Neste sentido, foi realizada uma oficina, em novembro de 2013, com um grupo de especialistas da USP, UFRJ, Uerj, Unicef, Instituto Rodrigo Mendes, Observatório da Educação Especial e Apae/SP, entre outras instituições, para a redação de um documento. Com publicação prevista para 21 de março de 2014 – quando se celebra o Dia Internacional da Trissomia 21 – a Sistematização de Práticas de Inclusão, em versão digital, vai divulgar o consenso mais recente na percepção de estratégias bem-sucedidas. Débora Mascarenhas, psicóloga, psicopedagoga e coordenadora de Articulação Institucional do Movimento Down, faz referência ao estudo que serviu de base para o lançamento do documento, realizado em parceria com o Instituto Helena Antipoff.
“Foi feita uma pesquisa de campo, por meio de visitas a dez escolas da Rede Municipal do Rio que apresentam resultados positivos no processo de inclusão de alunos com síndrome de Down, em todas as etapas de aprendizagem, desde a Educação Infantil até o EJA – Ensino de Jovens e Adultos. Pais, diretores e professores da Sala de Recursos participaram do estudo, realizado com distribuição geográfica e por faixa etária.” Duas convicções nortearam o grupo consultivo do evento na definição do projeto editorial da futura publicação: o objetivo principal de propor soluções que possam contribuir para a implementação de políticas públicas inclusivas em outras redes de ensino pelo Brasil afora; e – o mais importante – a certeza de que a escola verdadeiramente inclusiva traz benefícios para todos os estudantes, porque eles aprendem a conviver naturalmente com as diferenças e se tornam multiplicadores de mais respeito, tolerância e diversidade social.
Fonte: Multirio
Edição: Movimento Down

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